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Montanha do Pico vista do seu sopé
A Montanha vista da Lagoa do Capitão
As nuvens galgam a Montanha
Montanha do Pico ao pôr-do-sol
A montanha acima dos 2000 metros
A montanha acima dos 2000 metros
Montanha do Pico, cones adventícios de pequena dimensão
Cones adventícios nas encostas da montanha
A
Montanha do Pico é um
estratovulcão que, com 2351 m de altitude, constitui a mais alta montanha de
Portugal. Fica na
ilha do Pico, nos
Açores. A sua altitude é mais do dobro da de qualquer outra montanha dos Açores. É também o ponto mais alto da
dorsal meso-atlântica, embora existam pontos mais altos em ilhas atlânticas, mas fora da dorsal. Medido a partir da
zona abissal contígua, o edifício vulcânico tem quase 5000 m de altura, quase metade submersa sob as águas do
oceano Atlântico.
No cimo da montanha que constitui a parte ocidental da ilha do Pico, localiza-se a
cratera do
vulcão propriamente dito e dentro dessa cratera, numa
erupção recente do ponto de vista
geológico surgiu outra elevação de menor dimensão a que foi dado o nome de
Pico Pequeno ou
Piquinho, com cerca de 70 metros de altura.
1Na base desta segunda elevação emanam
fumarolas vulcânicas com forte teor de
enxofre.
A cratera apresenta-se sensivelmente arredondada, tendo cerca de 700 m de perímetro por uma profundidade medida a partir dos bordos de cerca de 30 metros.
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A Montanha do Pico foi primeiramente classificada como reserva em março de
1972 para e por diploma datado de
12 de Maio de
1982 2 lhe ser atribuído o estatuto de
Reserva Natural da Montanha do Pico pelo Decreto Regional 15/82/A.
3 que abarca uma área de aproximadamente 1500 hectares integrando a parte superior do vulcão e desenvolvendo-se a partir dos 1200 m até ao ponto mais alto da ilha.
O Vulcão do Pico é muito recente (aproximadamente 750 mil anos de idade), entrando em atividade pela última vez no seu flanco sueste (São João) no
século XVIII.
É
escalável por
trilhos marcados ou por serviço de um guia. Foi considerado passeio pedestre apesar de ser algo difícil devido às diversas condições meteorológicas que podem causar com que pessoas "novas" à montanha se percam do trilho marcado.
No caso de querer escalar a montanha certifique-se que está em boas condições de saúde, tem equipamento adequado para as mudanças meteorológicas e que tenha um guia ou alguém que conheça bem a montanha. Subir a montanha é uma experiência fantástica e disponível a todos os que estiverem aptos a atividades físicas e que possuam vontade.
À medida que se desce a montanha a terra praticamente nua de vegetação começa lentamente a dar lugar a vegetação de maior nível trófico e rapidamente a
pastagens de
altitude, locais onde o
gado, principalmente
bovino, é
pastoreado com um carácter predominantemente extensivo. Por volta dos 1500 metros de altitude inicia-se uma cobertura vegetal de carácter
arbóreo
É de salientar que a vegetação predominante destes locais apresentar um povoamento dominado pela vegetação endémica da floresta laurissilva como nos contrafortes da própria montanha.
A proteção a toda esta
biodiversidade, tanto do ponto da vista da
flora como da
fauna e mesmo da própria
litosfera, onde predominam abundantes correntes de
lava basáltica por entre gigantescas correntes de
bagacina cuja cor é preta na sua grande maioria, levou à aumentar o nível de proteção já existente (Reserva Natural da Montanha do Pico) com a criação da
Reserva Natural do Pico, e mais tarde a criação do
Parque Natural da Montanha do Pico.
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Subir à montanha do Pico não deve ser encarado de ânimo leve e com irresponsabilidade, dado não só a
altitude que se atinge, mas a
orografia do local, o facto de se poder em qualquer altura ficar rodeado de
nuvens ou
neblinas cerradas e mesmo por vezes chuvas intensas.
Esta escalada permite ao
alpinista o apreciar de uma calma e serenidade que só se encontra no silêncio das grandes montanhas. No
horizonte, onde o
maré rei e senhor encontra-se um azul inebriante que muda de tom conforme a hora do dia e a nebulosidade.
A noite, quando a
Lua reina nos céus a paisagem é mais estranha, dir-se-ia esplendorosamente
bucólica, no mar iluminado pelo
luar nasce uma estrada de luz que se estende até ao horizonte. Ao redor do alpinista impera o silêncio aqui e ali entrecortado pelo murmúrio do
vento.
Durante o dia distinguem-se os seus pormenores e recostes, mas à noite somente a tremeluzente luz artificial da humanidade se mostra.
A
escalada da Montanha do Pico, faz parte dos
trilhos pedestres da ilha do Pico, constituindo-se no
Trilho Pedestre da Montanha do Pico que se rege por princípios que devem ser tidos em conta de forma a não por em perigo a vida a quem ascende à montanha, assim foi criada a
Carta de Princípios de Escalada à Montanha do Pico.
Essa carta aconselha as seguintes medidas e atitudes:
A subida à montanha, embora não seja difícil do ponto de vista da técnica deverá, preferentemente, ser feita durante os meses de
verão e por pessoas com capacidade para empreender uma caminhada apreciável.
A distância a percorrer a pé desde o início do percurso, se for a partir da casa da abrigo existente na montanha, ronda os 5
quilómetros, sendo o acesso feito por
veredas e
trilhos que, e à exceção da parte inicial, se encontram devidamente identificados com
marcos de
betão com cerca de 1 metro de altura e que se destinam a guiar o caminhante. Estes marcos de betão são de grande importância como referências do percurso, dado que de um marco pode visualizar-se o marco seguinte e o antecedente, caso não haja
nebulosidade.
Para fazer uma subida em segurança é recomendado o uso de calçado adequado, que deve ser composto por
botas de montanha, ou na falta destas, por sapatos que permitam uma aderência forte a um caminho que se apresenta pedregoso, escorregadio e com saliência de terreno.
A roupa a usar deve ser de preferência leve, não sendo no entanto descurar um agasalho e uma capa para a
chuva, dado que tanto esta como o nevoeiro são frequentes e convém estar prevenido.
Tendo em atenção que a
temperatura se reduz com a altitude é frequente que no cimo da montanha esteja aproximadamente menos 10 °C do que no ponto onde se inicia a escalada.
O alpinista deve ter também em atenção o facto de ter ou não uma pele sensível ao sol e ao
clima, facto que deverá condicionar o uso de
protetor solar. Dependendo do cada caso é aconselhável levar apoio para a subida e descida: um
cajado ou um
bordão poderão ser um precioso auxílio no caminho. Igualmente devem ser levados alimentos com elevado valor energético, mas de pouco peso, como barras de
chocolate e claro, bastante
água. Caso o alpinista queira passar a noite na montanha tem de levar equipamento adequado, que inclui um
saco cama. É aconselhável nunca utilizar as
grutas existentes na montanha para dormir.
O alpinista antes de proceder à subida da montanha deve ter em atenção alguns fatores de segurança, nomeadamente: Deve preferencialmente fazer-se acompanhar por um
guia devidamente credenciado, deve também informar o
Corpo de Bombeiros Voluntários da Madalena do Pico do número de caminhantes que vão efetuar a subida, como igualmente deve informar esse corpo de bombeiros da hora de início da escalada e de uma hora previsível para a chegada.
Deve igualmente seguir as orientações do já mencionado corpo de bombeiros da Madalena bem como dos
Serviços de Ambiente da ilha do Pico, já que no caso de o alpinista se perder serem os bombeiros que procedem à busca e no caso dos Serviços de Ambiente porque estes fornecem importantes informações sobre as
condições atmosféricas.
Tendo em atenção que a Montanha do Pico é constituída numa área de proteção especial sob as denominações de: Reserva Natural do Pico, Reserva Natural da Montanha do Pico e de Parque Natural da Montanha do Pico, o alpinista deve tem em atenção o facto de ter de seguir determinadas condições.
Assim deve seguir apenas pelas veredas e trilhos existentes ao longo do Percurso, não deve colher
plantas,
flores,
frutos ou
amostras minerais. Não deve fazer
lume dentro dos limites da reserva natural, não deve deitar
lixo no chão, devo-o guardar e transportar até encontrar um recipiente apropriado para o depositar, tendo no entanto em atenção que só existem recipientes de recolha de lixo no início do acesso à montanha.
Não deve perturbar a tranquilidade do local. Deve-se sempre respeitar as indicações dadas pelo guia e cumprir as disposições legais em vigor na reserva natural.
O alpinista deve ter em atenção que a fragilidade do
ecossistema, o desgaste que a área acusa, bem como o grau de insegurança que oferece, a subida do Piquinho é proibida.
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Geomorfologia[editar]
As vertentes da Montanha do Pico apresentam declives muito acentuados que no cimo da montanha terminam nos bordos desmantelados da
caldeira vulcânica, local de onde tem origem o cone do Pico Pequeno ou Piquinho. Sendo que o
sopé da montanha termina no
planalto central da ilha excluindo o local da
Ponta da Faca, no concelho da
Madalena, próximo ao
Farol da Ponta da Faca, sitio onde se pode afirmar que a montanha encontra o
mar.
Tendo em atenção a
altitude da montanha e que é muito frequente a queda de
neve durante o
inverno e
chuvas abundantes não só no inverno mas praticamente durante todo o ano, associado a estas condições climatológicas é de mencionar a presença frequente, principalmente em altitude, de
nevoeirosfrentes.
Estas características climáticas especificas, em associação com o
solovulcânico da montanha, estão na origem a uma cobertura vegetal bastante especifica e adaptada ao local e estratificada em altitude.
Como com o fator altitude as condições climáticas tendem a ser mais adversas, surge uma vegetação rasteira adaptada a essas condições. Assim surgem plantas como a
Daboecia azorica, a
Calluna vulgaris, vulgarmente conhecida como
queiró, o
Thymus caespititius, vulgarmente denominado por
tomilho bravo, por entre outras espécies igualmente adaptadas, como é o caso das
Polygala e
Silene vulgaris cratericola, sendo que esta para além de ser uma rara
endémica é
também restrita apenas a esta montanha, só sendo possível de observar a sua presença acima dos 2.200 metros de altitude.
Na cota dos 1800 metros a presença vegetal começa rapidamente a diminuir surgindo mais frequentemente apenas em locais menos expostos as agrestes condições climáticas. Nesta cota de altitude, e devido à praticamente ausente cobertura vegetal resta uma zona agreste onde predominam fortes correntes de
lava, grandes depósitos de
cascalhos, areais e outras formações geológicas de grande efeito cénico.
A
avifauna existente nesta montanha, e tendo sempre em atenção as cotas de altitude, não se apresenta muito variada nem muito abundante, facto que se deve as rudes condições do
habitat. Varia no entanto, tanto em quantidade como em abundância conforme as estações do ano, tendo grande diferença principalmente entre o Inverno e o
Verão.
Nesta montanha são pouquíssimas as espécies de aves que se reproduzem na época fria, principalmente devido a escassez de comida, tendo entretanto em atenção que as que o fazem, fazem-no devido à alimentação especifica desta altura do ano.
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Referências
Ligações externas[editar]
A Montanha do Pico vista da ilha do Faial
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